OMSTP
e a História 19 de Setembro
1974 em São Tomé

São Tomé, 20 Set.18 ( A Voz de
São Tomé) - Mulher, mãe, avó, tia, irmã, prima,
sobrinha e neta, personagens do feminino que por
definição e natureza assumem várias identidades
de mulher propriamente dita, comparada a um
abrigo cheio de ninhadas ou uma árvore cheia de
frutos que apesar do peso e do vento, apenas se
balança e se inclina. E de vez em quando sentada
nos degraus das escadas, olhando pela janela
observa os seus rebentos que crescem e escalam
os seus troncos e ramos para brincar com o
horizonte, com as nuvens e com as estrelas.
Bem-haja, 19 de Setembro.

Este retrato do trindadense,
Manuel Bernardo, dedicado à lobatense Laura,
alusivo há mais um 19 de Setembro da mulher
santomense mostra, a força da realidade que as
nossas avós, mães e irmãs vivem desde 21 de
Dezembro de 1470.

Num lutar para vencer, onde a
luta continua até a porta do Cemitério da
Trindade, Guadalupe, São João da Vargem, Ovendo,
Alto Cruz de Santana, El a Nguema, do Benfica
entre os outros.
A mulher santomense sempre disse presente nos
trabalhos de campo, educação, saúde, mercado,
negócios sem se esquecer dos trabalhos
domésticos. Com a força de emancipação lançado
por MLSTP, através da Associação Cívica;
provocou um envolvimento ferror e “Malvado” das
mulheres em São Tomé e Príncipe, com o apelo da
gigante, Alda Graça, em 1974 conseguiu congregar
a força da mulher santomense na luta de
libertação que estava no setor mais explorado de
cabeça aos pés.
Foi num sábado à tarde de sol brilhante, que um
grupo de senhora iniciaram uma manifestação
idêntica daquela que os homens fizeram para
anunciar o primeiro pontapé de saída de
Associação cívica em São Tomé e Príncipe.
Começando no alto do Riboque, desceu a Avenida
Geovani e invadiu as ruas da cidade, onde
manifestaram energicamente e condenaram ao mesmo
tempo a presença colonial portuguesa, exigiram o
Governo Português no Palácio o reconhecimento do
MLSTP como único e Legítimo Representante do
Povo Santomense e a Independência Total e
completa, depois deram uma varredela nos
arredores do Palácio governamental trajadas de
luto e depois lançaram todas essas vassouras no
rio Agua Grande às 17 horas.

Foi esta data marcante que
motivou o surgimento de 19 de Setembro «Dia
Nacional da Organização das Mulheres de São Tomé
e Príncipe – OMSTP».
Gloria eterna, Amélia Pinto da Costa, Alda
Graça, Pascoa Carvalho e a nossa famosa Madrinha
Didinha que foi arrastão de todos os tempos e
tem mais.
RR MB
Fim / VST