À Baià da Bô é a
Nova Filial de CACAU

São Tomé, 28Jul.19 (A Voz de São
Tomé) - À Baià da Bô é o novo espaço de
Exposição, Leitura, Debate, Cocktail e Bar;
inaugurado no passado sábado a noite, entre o
Banco Privado e Café Baía ou seja em frente a
Agência TAP no coração da cidade de São Tomé,
informa João Carlos Silva.
Este local abandonado a
beira-mar, foi recuperado no quadro da Vlll
Bienal da Arte e Cultura; intitulado «N’GOLÁ»
alusivo ao Poder e a Beleza da Arte e Cultura de
África Negra em São Tomé e Príncipe, patente
desde o dia 26 de Julho inaugurado pelo Chefe de
Estado Santomense, Evaristo Carvalho, no CACAU
dentro da antiga Obras Publicas e com as imagens
dos participantes africanos nesta Bienal.

Neste novo espaço, contempla a
apresentação de estreia dos santomenses, Kuame
Sousa, René Tavares e o gigante incontestável,
Eduardo Malé. Com quadros pintados em grande
estampa que retrata a vida africana dos
santomenses e a sua origem no continente de
África.
Para o porta-voz dos artistas,
Kuame Sousa, inspirou na realidade africana
visto com a política de colonização, São Tomé e
Príncipe foi afastada de Africa facilmente
devido a sua pequinesa e hoje em dia os
santomenses só se identificam filhos de «Mamã
África» devido a cor da pele e no resto esquece!

Portanto este pintor de nova
geração e de grande gabarito que pretende
recuperar aquilo que o tempo apagou, fez uma
pesquisa categórica e transferiu para os seus
quadros junto aos colegas, para celebrar Vlll
Bienal no espaço “À Baià da Bô” para um tempo de
três semanas. E desafia os santomenses a
regressarem agora e já a origem de África Negra
para juntar-mos a realidade original do
continente africano.
Na entrada em forte dos
santomense no terceiro dia da Bienal, o Diretor
João Carlos Silva, era um homem feliz com a
presença especial do Diretor Nacional do
Turismo. A Voz de São Tomé quis saber se o João
Carlos fundador da Bienal em 1995 estava também
baiado?
“ Eu estou baiado, tu estás
baiado, ele está baiado e nós todos estamos
baiados. O objetivo da oitava bienal é conectar
a comunidade de São Tomé e Príncipe com artistas
designers e curadores de todo continente
africano e esta casa a beira-mar é uma alavanca
para o turismo cultural.

O N’GOLÁ celebra este poder de
beleza das artes e cultura de África e a forma
como os artistas africanos contribuem para o
futuro. Esta Bienal apresenta uma geração Auto
consciente de artistas que estão agora a
remodelar rapidamente a sua cultura e sociedade.
Com um trabalho bonito, elegante, imaginativo,
poético, às vezes até engraçado e divertido.
Ligado fortemente a realidade quotidiana com
todos os seus altos e baixos ao seu passado e o
seu futuro imaginado e como À Baià da Bô?; ”
afirmou o rei da Bienal, João Carlos Silva,
nesta varanda virada para o mar da Baia de Ana
Chaves.
Este fim-de-semana de abertura
desta Bienal, teve um programa muito dinâmico em
toda a ilha de São Tomé. Na CACAU, com oficinas,
performances, palestras e um salão cabeleiro, a
moda de Sunny Dolat e do Nest Collective que
começou a beira-mar e foi terminar no Museu
Nacional.

O Centro Cultural Brasil-São Tomé
e Príncipe, CCB-STP, inaugurou no domingo, na
roça Água-Izé no espaço «FACA» - Fábrica de
Artes, Ambiente e Cidadania Ativa, a exposição
fotográfica “Entre o Matos e Roças” do
Antropólogo e fotógrafo brasileiro, Emiliano
Dantas. Na Roça São João dos Angolares, foi a
decoração de um desfile festivo de Yves Sambu e
Sapeurs de Kinshasa e o João Carlos Silva
ofereceu uma experiência gastronómica e depois
terminou com a excursão na floresta tropical
para fazerem digestão.
«À Baià da Bô» é uma sigla
vigente para homenagear os artistas plásticos
que vem ao longo desses anos voluntariamente
atras de João Carlos que é vocalista principal
de Roça São João, Teia de Arte, CACAU e agora
estamos todos baiados.
RR
Fim VST