Novo embaixador angolano declara que caso Rosema
não atrapalha
relações entre Angola e São Tomé e Príncipe
São Tomé, 20 de Abr. (A Voz de
São Tomé) - O novo embaixador angolano em São
Tomé afirmou hoje o processo judicial da
cervejeira Rosema não vai atrapalhar as relações
diplomáticas entre Angola e São Tomé e Príncipe,
tendo considerado “uma questão do fórum
judicial”.
Joaquim Duarte Pombo fez estas declarações a
saída de uma audiência, no Palácio Presidencial
em São Tomé, após a entrega de cartas
credenciais ao Chefe de Estado são-tomense,
Evaristo Carvalho.
Duarte Pombo, no âmbito de sua acreditação no
país, realizada na manhã de hoje, numa
cerimónia oficial no Palácio Presidencial
recebeu antes, honras militares de uma companhia
das Forças Armadas, através de militares do
Exército e da Marinha.
Após a cerimónia, Duarte Pombo entregou cartas
que o acredita como Embaixador Extraordinário e
Plenipotenciário de Angola ao Presidente da
República de São Tomé e Príncipe e reuniu-se em
privado com este durante mais de meia hora.
A cerimónia decorreu no Salão
Nobre do Palácio Presidencial e durante o qual,
o diplomata angolano cumprimentou separadamente
os funcionários da Presidência da República
assim como alguns membros do Governo presentes.
Dos membros do Governo sublinha-se a presença do
ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e
Comunidades, Urbino Botelho, Marcelino Sanches “Chalino”,
da Juventude e Desportos e Arlindo Ramos, da
Defesa e Administração Interna, respectivamente.
A saída da audiência presidencial, o diplomata
angolano que substitui no cargo, Alfredo Mingas
(actual Comandante-Geral da Polícia de Angola),
disse à imprensa que discutiu com o Chefe de
Estado “o reforço de relações bilaterais”.
Confirmou, a uma pergunta de um Jornalista que
“fantasma de Rosema” (cervejeira em diferendo em
São Tomé e Príncipe, envolvendo o empresário
angolano, Melo Xavier e o cidadão são-tomense
“Nino” Monteiro), “não vai atrapalhar as
relações entre Luanda e São Tomé”.
Explicou também, que “trata-se de
um dossier que está entregue a justiça, e
deixemos que a justiça faça o seu trabalho”.
Pontuou, que “as relações entre são Tomé e
Príncipe e Angola são normais e são relações
entre dois Estados Soberanos”.
Ainda no âmbito de relações com Angola e São
Tomé e Príncipe, assegurou que interessa a parte
angolana o reforço de relações bilaterais nas
áreas de “agricultura, empresarial, turismo e
comércio”.
Assegurou igualmente, que vem [a
São Tomé] para dar continuidade “ao bom trabalho
do meu antecessor, Alfredo Mingas”, enaltecendo
que “Angola e São Tomé e Príncipe são dois
Estados irmãos e que mantemos laços, inclusive
de consanguinidade”.
Recorde-se que São Tomé e Príncipe e Angola
desenvolvem relações desde 1975, data em que
ambos países ascenderam a Independência de
Portugal.
As relações entre Luanda e São Tomé, além de
combustível da Sonangol [empresa angolana] que
garante luz eléctrica e outros serviços ao
arquipélago de São Tomé e Príncipe, elas são
sentidas em todos os sectores e Angola acolhe no
seu solo a maior colónia de emigrantes
são-tomenses no Mundo.
Duarte Pombo, recorde-se que foi o primeiro de
três Embaixadores acreditados na manhã de hoje,
em São Tomé, seguindo-lhe a de Filipina e o da
Suíça.
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